Não é novidade que os ursos polares estão na lista norte-americana de animais que podem entrar em extinção. Desde 2008, sabe-se que o aquecimento global dificulta, e muito, que a espécie sobreviva e realize suas atividades básicas.
O novo estudo, realizado na Universidade de Wyoming, nos EUA, que será publicado nesta sexta-feira na Science, conclui que os ursos polares têm um metabolismo menos adaptável a mudanças climáticas do que se esperava. O derretimento das calotas polares complica na alimentação da espécie, que é acostumada a percorrer longas distâncias sob o gelo até chegar a alto mar e se alimentar de focas. Com o derretimento, acentuado no verão entre abril e junho, alguns animais preferem ficar nas calotas de gelo em alto mar ou até nas costas marítimas, onde não encontram alimento e por isso tentam comer outros tipos de comida, como a vegetação, ovos de pássaros, lixo produzido pelo homem e até golfinhos, porém isso não é o suficiente para substituir as focas.
Para entender como os ursos polares se comportavam durante o verão, cientistas doparam cerca de 24 ursos polares nas regiões do norte do Alasca e no Canadá, para implantar colares com chips que acompanhavam seus metabolismos. O resultado mostrou que, durante o verão, esses animais entram em uma espécie de hibernação que busca resguardar energias quando a comida não é tão abundante. Diferenciando-se do inverno, em que eles praticamente só dormem. Foi chamada de “hibernação de caminhada” o estado que eles vivenciam no verão.
O que pode-se concluir nesta pesquisa, a partir de dois grupos de ursos polares, os que permaneciam na costa e os que iam para alto mar, a temperatura não baixou o suficiente para guardar energia corporal durante os meses com menos presas. Ou seja, o metabolismo dessa espécie consegue se adaptar a falta de alimento, por um período curto, e não a um cenário de “verão prolongado”.
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